O amor do eremita
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No chafariz
Um arco iris
Que vem e vai
Como essa vontade
De te chamar de meu amor
Não se pode culpar o eremita
Com sua missão solitária
De se afastar de tudo que ama
E distante de tudo
Encontrar alegria
Em esconderijos nada secretos
Como roseirais
em plena cidade
Você está guardado
Nas folhas do meu caderno
Como uma flor ou erva
Que eu não posso catalogar
E o beija flor
Que achou que era uma cobra
Comeu seus próprios ovos
E seu ninho agora
Vive vazio
As joaninhas trazem sorte
Ao surgirem despretensiosamente
Nos lugares menos esperados
Do quintal
Mas sob sol ou chuva
Diante do atlântico
ou pacifico
eu ainda espero
Um sinal
Eu ainda invoco
um ritual
Para dizer
Eu te amo